15 de fevereiro de 2015

Tenho tudo que preciso e mais... então porque não consigo ser feliz?
Me acostumei tanto a ser preocupada e tentar resolver o problema de todo mundo que acabei me tornando egoísta... me tornei egoísta por pensar demais nos outros. É como se pra ser feliz eu tivesse que ter algum problema, algo que me tire do sério e que eu possa consertar, e isso é mais do que doentio.
Sou uma pessoa racional, tenho bom-senso, tento o melhor de mim. Ultimamente, porém, estou confusa e perdida. Um desespero bateu em mim pois quero ser feliz e tenho tudo pra sorrir a cada minuto, mas insisto em querer ser triste e só. Como consertar isso? Não sei... e olha que tenho tentado. Como varrer a preocupação da minha cabeça? Alguém me ajude... Eu não quero afastar mais ninguém da minha vida, cansei disso. Quem me dera meu coração comandasse minha mente e me permitisse viver a vida leve que tanto desejo.

15 de novembro de 2014



Ver o que há para ser visto, o tempo é apenas uma melodia.

5 meses de Chicago

São quase cinco meses de Chicago. Dia 17 mais um mês se completa e o coração começa a apertar, pois ainda que a saudade de casa seja grande, não quero que meu grande momento acabe tão cedo.
Nos primeiros dois meses fiz curso de inglês aqui, foi mais um reforço pra ser capaz de ler, escrever e entender as aulas e como haviam muitos brasileiros juntos, o inglês demorou muito a começar a fluir. Quando terminei o inglês, as aulas do "Academic" começaram e aí a diversão foi reduzida em 50% e meu estresse aumentou 150%. O ritmo das aulas aqui é muito diferente do Brasil, os horários em sala de aula são reduzidos, porém o trabalho em casa é infinito e a cobrança por qualidade é muito, muito maior (nada de Control V + Control C!) e foi assim que a cabeça começou a ter que funcionar em um ritmo muito maior. Tenho aprendido muita coisa interessante e a maioria dos professores é muito interessada em transmitir conhecimento, mas como disse a maioria e essa história é uma das maiores causas do meu estresse ultimamente. Uma das matérias que estou cursando aqui, Marketing, tem feito eu arrancar meus cabelos pois a professora é um robô misturado com algo muito ruim. Os demais professores são ótimos e querem ver o sucesso dos alunos. O que mais me chamou atenção aqui é a organização, pois desde o primeiro dia de aula já se sabe exatamente a programação das aulas e das tarefas a serem feitas durante o semestre e o mais importante é que é fielmente seguido!
O semestre acaba dia 12 de Dezembro e o novo começa em Janeiro, basta torcer pra tudo dar certo agora e no próximo período! Bora correr atrás de estágio e dar um jeito de diminuir o estresse!

Nota: tô com muita saudade de todo mundo! Amo vocês pessoas queridas do meu Brasil

19 de julho de 2014

Um mês de Chicago

Não fiz como havia prometido. Chicago não me deixou sentar em frente ao computador e escrever (ainda bem!). A cidade é fantástica. Me pego perguntando se é isso mesmo que está acontecendo na minha vida, não cai a ficha de jeito algum! Bom, vamos ao que interessa.

Farei alguns comentários básicos sobre pré-partida do Brasil, Viagem, Chegada e Adaptação.

PRÉ-PARTIDA:
Arrumei a mala 500 vezes e ainda trouxe pouca coisa. Comprar aqui é barato sim, mas tem coisas que só no Brasil tem. Legging, esmalte e calça boa e barata para ginástica não valem a pena ser comprados aqui. Portanto, quando vier traga. 

VIAGEM:
A despedida foi tensa... pela primeira vez vi minha avó chorar por mim, e me partiu o coração. Mas vim... perdi o medo de voo no segundo avião e o resto foi tranquilo. 
Quando pisei em solo americano comi logo uma pizza de pepperoni pra inaugurar a gordice. 

CHEGADA:
A chegada a Chicago foi fantástica, a cidade é maravilhosa! Estou apaixonada com tudo aqui. Ao chegar no IIT fiquei muito emocionada, era muita coisa boa ao mesmo tempo. Vim para meu alojamento e descansei, eu estava muito cansada das mais de 24 horas de viagem. Do meu quarto, pode-se ver o estádio do White Sox, um famoso time de Baseball de Chicago.

ADAPTAÇÃO: 
A adaptação foi mais rápida do que eu imaginava. Me virei muito bem aqui com transporte, comida e amizade. 
Fiz amizades muito boas logo na primeira semana o que me ajudou muito no processo de adaptação.
Comprei... comprei mesmo, até passarinho voando. A gente chega no mercado e vê um litro de Shampoo por 6 dólares, um Doritos gigante por 4 dólares, frutas das mais variadas, queijos e tudo de bom com um preço ótimo... compra mesmo! :)
Meu padrão de referência de preço agora é 10 dólares, juro! Se passa disso qualquer coisa, incluindo roupa, eu penso muito antes de comprar!

Estou muito satisfeita. Indico a todos Chicago. A cidade é maravilhosa e tem tudo o que um turista precisa.

Vou escrevendo com mais calma e postando fotos aqui ao decorrer do intercâmbio.





8 de junho de 2014

Até breve Viçosa!

Meu último dia em Viçosa.
Agora sim o coração apertou.
Tantas despedidas, tantos abraços, tanta cerveja! Como não sentir saudade?
Como não sentir saudade da reta da UFV, enfeitada com suas belas árvores e a linda lagoa?
Como não sentir saudade do laboratório, onde eu mais ria do que trabalhava?
Como não sentir saudade das risadas, dos amigos, dos amores?
Sinto saudade de tudo e ainda nem fui. Muitos dizem que é bobeira, pois estou indo para um lugar fantástico, onde farei muitas coisas... verdade! Mas nunca será a mesma coisa. Afinal, lá não tem bar do Leão, não tem o Teddies, não tem a casa do Cássio, não tem AI QUE BETÂNIA, não tem Carol, Lídia e Ju, não tem Fran com suas comidas gostosas, não tem Mari cuidando de mim, não tem Wilman sempre me ouvindo e fazendo eu sentir que tenho um irmão aqui, não tem Déborah sofrendo junto comigo com as físicas, não tem meu físico preferido que seeeempre me ajuda (Né Saulo?), não tem Rafael sempre companheiro, não tem Gabi companheira de rock, não tem a galera mais animada do mundo do Lab Leite UFV, não tem os professores mais engraçados desse mundo com seus causos, não tem queijos pro reitor, nem Doce de Leite Viçosa toda semana... Ah que saudade!
Obrigada amigos, pelos melhores momentos da minha vida! Volto já, eu sei, eu sei, eu sei... mas meu coração não quer largar vocês de jeito algum. Se eu pudesse, me dividiria em duas pra estar lá e aqui ao mesmo tempo!
É... hoje acordei com o peso da viagem.
Bom, vejo logo vocês!
E faremos uma festa quando eu voltar, já marcada na parede da cozinha do Cássio.
Todos estão convidados! E QUE NINGUÉM FALTE!
Um abraço apertado a todos.

7 de maio de 2014

Já se iniciaram as despedidas



Quando começam a nos desejar boa viagem, a ficha cai.
Às vezes me pego olhando com cara de boba para as pessoas e me perguntando: Como assim boa sorte? Como assim vou sentir saudades? Como assim vai passar rápido? Do que vocês estão falando? 
Ainda não entendo que agora é verdade, parecia tão distante! O dia D está chegando. Sei que são apenas 14 meses, mas dá um frio na barriga incontrolável!
Havia marcado uma festa pra ir me despedindo de todos já que, provavelmente, não ficarei muito tempo mais em minha cidade natal (Carangolinhas que amo!). Tenho muito o que resolver aqui em Viçosa.
A festa foi na fazenda do meu padastro, com direito à piscina, muita comida mineira e um bom churrasco! Muita correria, amigos se ausentando por conta de provas, eu estudando também, e tudo mais que poderia acontecer a quem tem pressa. Mas deu certo, a festa foi linda! Todo mundo foi embora com um gostinho de quero mais. 
A minha família, pra destroçar meu coração, foi a melhor do mundo nesse dia, e eu então, percebi o quanto tenho sorte na vida. OS MEUS, SÃO OS MELHORES DO MUNDO! E quando falo os meus, me refiro à família, aos amigos, aos animais de estimação, ao livros, aos sentimentos... à tudo! O Universo é muito bom pra mim!
Maio está voando, para meu desespero, e sinto a saudade batendo aos poucos. No dia da festa não chorei, apesar de todos chorarem ao meu redor. Eu não conseguia entender porque as pessoas choravam, eu estava, e ainda estou, anestesiada...
Já vi que tudo o que não chorei na festa, chorarei no aeroporto (que vergonha antecipada!), skype, facebook, telefone... Brace youselves, Gabriela is crying again (Preparem-se, Gabriela está chorando novamente)! hahahahaha


25 de abril de 2014

Você não sabe o quanto eu caminheeeei, pra chegar até aquiiiii!




Foram tantas emoções que meu sono esqueceu de mim essa noite.
Ao invés de ficar rolando na cama, farei algo mais produtivo: escrever mais um pouquinho sobre a Saga Ciências Sem Fronteiras: o começo.


Já falei um pouquinho do meu histórico na postagem anterior, onde estudo e de onde surgiu essa ideia de ir para os EUA. Inicialmente eu iria pra França, berço dos mais deliciosos queijos do mundo. Fiz curso de francês por alguns meses, mas abandonei assim que me inscrevi para o Edital 143 do programa Ciências Sem Fronteiras do governo federal. O programa é basicamente um intercâmbio, onde o governo paga seus estudos em universidades pelo mundo afora, e você retribui trazendo conhecimento científico para seu país.
Me inscrevi, arrumei a papelada(histórico atualizado, comprovante de Iniciação Científica,...) e aguardei pela homologação da UFV. Fui homologada e então fiz a prova de proficiência em Inglês: o TOEFL. Passei com a nota um pouquinho abaixo do necessário para ir direto para a Universidade, mas adivinhem: o governo banca um curso de Inglês LÁ NOS EUA! Gente, não tem nada melhor, é uma oportunidade incrível. Algumas pessoas farão seis meses de curso, eu farei dois (essa classificação nos grupos é dada de acordo com a nota obtida no teste). Meu curso é o Intensive English Program. Ao terminá-lo, se eu for bem, sigo para a parte acadêmica do programa, dando início às atividades no IIT (Illinois Institute of Technology).
Após a aprovação no TOEFL, preenchi o Common App, onde a gente fala sobre a gente, sobre o que quereremos estudar lá, sobre nossos interesses e tal (é, eles querem nos conhecer). Escrevi algumas essays para as Universidades, dizendo o porque de estudar lá, em que essas instituições me seriam benéficas do ponto de vista acadêmico. Podemos indicar três Universidades lá em uma das essays, mas isso não é garantia de que sejamos alocados nelas. Eu, por exemplo, não fui alocada em minhas opções.
O Common App é uma parte bastante delicada e demorada do processo, aconselho a NÃO demorar a preencher. Não deixem para última hora, pois sempre há algo a corrigir. Tudo, tudo mesmo o que devemos fazer será indicado pela IIE (instituição que organiza o nosso intercâmbio). Sempre receberemos e-mails falando os próximos passos a serem seguidos e como devemos proceder nos preenchimentos. 
Após toda a documentação pronta, vem o cartão do BB Américas, o cartão que servirá para o governo te mandar dinheiro lá nos EUA. Você receberá em casa e o desbloqueará no site do BBA.
Recebido o cartão, sente e espere (e estude Inglês!). Aí você receberá seu TOA, que é como uma carta de aceitação das Universidades de lá, informando que você foi aceito. Virá nela sua data para estar lá, começo do curso, a pessoa que te auxiliará lá e tudo mais que precisamos saber. 
Eu estou na fase de ler e responder essa carta, confirmando a minha intenção de estudar lá.
Caberá a mim, agora, aguardar a data para o Visaweek, que é quando tiraremos o visto (todo mundo junto, o governo "separa" uma dara para os participantes do programa).
A bolsa com os auxílios cairá antes de irmos para os EUA, de forma a comprarmos as passagens e arcamos com os gastos iniciais por lá.
O governo oferece vários auxílios, entre eles: dinheiro para um notebook ou tablet, passagens, dinheiro para custos iniciais e a bolsa mensal, que é livre.
Lá, teremos dormitórios e alimentação por conta do governo também.
Quer mais?
Temos plano de saúde, academia(depende da sua universidade, e no geral é gratuita para os alunos), e um auxílio maior caso sejamos alocados em cidades consideradas alto-custo, como é meu caso (Chicago).

Depois disso, é só embarcar e correr pro abraço!

Ainda estou no Brasil, viajo só dia 15 de Junho, mas já digo que essa será a experiência mais incrível da minha vida!